Se
há moral na fábula desta existência tão crua deve se basear no seguinte: A mãe
é o ser que mais puramente se pode comparar à terra e sua grandeza. Falo, sim,
do planeta, mas, com letra minúscula por que quero ser mais específico. Mãe é o
calor da terra que germina a semente e nos auxilia a brotar altivos. Logo que
saímos de seu ventre só sabemos crescer rente ao mesmo, somos brotinhos medrosos.
Há aqueles que crescem rasteiros a vida inteira sem desgrudar de sua mão.
Então, começamos a desabrochar, crescer em direção ao sol. É como se esquecêssemos
da mãe e só quiséssemos seguir o pai – partindo da ideia de que pai é aquele
que cria, e não o que planta a semente. Mas, logo que a vida começar a nos
fazer perder as folhas, bater a cara, quem estará lá para amparar será sempre a
terra.
Talvez, seja
uma metáfora meio tosca. Entretanto, o que quero expressar é que toda a vida
brota de um ventre e precisa de um colo. Seja grato, pois sempre que as folhas
caírem, a geada queimar ou o sol castigar, ela te oferecerá conforto, de alguma
forma.
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