Talvez,
já seja uma ideia batida, perpetuada em canções belíssimas como aquela
interpretada com maestria pela eterna Mercedes Sosa. Com certeza é algo sabido
por todos. Mas, é impressionante o quanto esquecemos. Aqui me refiro à grandeza
e ao valor da simplicidade.
Mesmo
tendo em mente o peso do poder das coisas simples, o complexo, cada vez mais,
nos atrai. Não quero sair raivosamente apontando culpados, mas, o avanço e a
globalização são grandes causadores deste olvido do singelo.
No
Butão, país em que a primeira transmissão de TV, por exemplo, ocorreu só em
1998, estima-se que haja o maior nível de FIB (Felicidade Interna Bruta) do
mundo. As coisas são simples por lá. O rei trabalha em uma cabana de madeira. As
pessoas são mais felizes e não dependem de luxo algum para isso.
Não significa
que eu levante uma bandeira positivista e alienada. Reverenciar o simples não é
abominar ou temer o complexo, mas, agradecer à vida por cada sorriso que se apresenta
de forma espontânea. Sentir prazer em beber água após escovar os dentes. Sentir
o sol energizando a alma enquanto se come uma bergamota. Ganhar uma cuia de
presente no aniversário...
O grande
desafio é não esquecer de comemorar estes detalhes que parecem tão ínfimos,
mas, que são os verdadeiros ladrilhos da estrada para a felicidade. Porque,
como diz a música citada lá no começo, “às coisas simples devora o tempo”.
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